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Economia
 
31/08/2019
Vendedor de coxinha se capacita apenas pelas mídias digitais do Sebrae
 

O empreendedor, que sonha com franquia, aplicou os conhecimentos adquiridos pelas redes sociais

José Edmilson da Silva há 14 anos vende coxinha. No início, andava pelas ruas de Santa Cruz do Capibaribe com uma garrafa de suco e um isopor oferecendo às pessoas nas lojas da cidade. Hoje, ele tem dois pontos de venda: um quiosque com 20 sabores de coxinhas e uma loja modelo franquia com minicoxinhas e churros. Edmilson, como é conhecido, atribui o crescimento ao conhecimento adquirido junto ao Sebrae. "Hoje tenho o Sebrae dentro da minha empresa sem ter ido ao Sebrae. Através das redes sociais, vi palestras, aprendi como organizar minha empresa", explicou o empreendedor.

Para a gerente da Unidade Agreste Central do Sebrae/PE, Débora Florêncio, Edmilson colhe os frutos por manter o foco e trabalhar para atingi-lo. O Sebrae está pronto para atender a todo empreendedor e, inclusive, aquele que, como Edmilson, assume todas as etapas e processos de seus negócios em estágio inicial e não consegue arrumar tempo de ir presencialmente ao Sebrae. "Nós dedicamos muitos recursos ao desenvolvimento de novas tecnologias, para tornar mais fácil o acesso do empreendedor a informações vitais ao seu desenvolvimento. Muito bom, ver este trabalho sendo utilizado e reconhecido", comemorou Débora Florêncio.

Com o celular, Edmilson disse que pegou informações sobre como atender os clientes, como falar com os colaboradores. Aprendeu a importância do marketing digital e contratou um profissional para cuidar das redes sociais. Os conhecimentos foram aplicados no negócio que só fez crescer e ele não esconde o sonho de se tornar uma empresa como as lanchonetes internacionais de fast food. "Montamos a loja já em modelo de franquia e agora estou vendo uma pessoa para me ajudar a organizar a empresa", explicou o empreendedor, que disse que decidiu partir para um projeto de franquia porque foi consultado a respeito e não perdeu a oportunidade. Edmilson é um microempreendedor, mas já está fazendo a migração porque a empresa cresceu e ele precisa contratar mais profissionais.


10 ANOS DO MEI

O porte de uma empresa pode ser definido com base no faturamento, no número de funcionários e atividades desempenhadas, e pode ser alterado com a expansão do negócio. O Microempreendedor Individual (MEI) trata-se de um empresário individual e sem sócios, que desempenha uma das mais de 400 atividades permitidas pela atual legislação e tem como limite de faturamento anual o valor de R$ 81 mil. A Microempresa (ME) tem receita bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil. Já a Empresa de Pequeno Porte (EPP) deve ter um limite de faturamento anual de R$ 4,8 milhões. Por fim, há a empresa normal que é aquela que, diferente de uma ME e uma EPP, não tem limite de faturamento ou tem receita bruta anual acima de R$ 4,8 milhões.

A categoria de Microempreendedor Individual (MEI) é considerada porta de entrada para o empreendedorismo no Brasil. Oferecendo diversos benefícios ao empreendedor, como cidadania empresarial, emissão de nota fiscal, respaldo previdenciário e taxação tributária simplificada. A categoria completou dez anos de sua criação no mês de julho e o Sebrae/PE aponta quais os principais avanços nessa última década.

Em todo o Brasil, são 8.649.739 MEI formalizados e em Pernambuco são 272.595, até o dia 20 de julho de 2019. Muito mudou ao longo da última década, com ampliações de benefícios, como por exemplo a gratuidade que era apenas para registrar e foi passada também para alteração do registro e para dar baixa no CNPJ. Outra mudança foram as retiradas e os acréscimos de categorias, buscando salvaguardar a relação trabalhista e o consumidor final. O faturamento anual também foi alterado, passando de R$ 36mil inicial por ano, passando por R$ 60mil/ano, até chegar ao valor atual de R$81mil/ano.

De acordo com Luiz Nogueira, analista do Sebrae/PE, dentre os maiores benefícios do MEI está a possibilidade de um mercado mais amplo. "Estando formalizado, o MEI pode vender para outras empresas, para pessoa física e para o setor público – o que possibilita que muitos empreendedores deixem de ser MEI e passem a ser empresários de micro e pequena empresa, por aumentar o faturamento acima do limite e, então, vão alçar outros horizontes", pontua. "A cidadania empresarial vale também para compras. Existem empresas que só vendem produtos para quem tem um CNPJ regularmente formalizado e, geralmente, o custo é menor que o do varejo, deixando o MEI mais competitivo e lucrativo", afirma Nogueira.


BENEFÍCIOS

O Microempreendedor Individual pode emitir nota fiscal e contratar até um funcionário. Ele está enquadrado no Simples Nacional, regime tributário diferenciado para pequenas empresas, que tem por objetivo simplificar a taxação e pagamento de impostos. A partir do Simples, os impostos para o MEI são unificados em uma única taxa mensal que dá acesso a diversos benefícios importantes.

 
 
 
 
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