As 36 peças produzidas por quem conviveu com o artesão retratam o dia a dia do homenageado

Segue em cartaz a exposição "Família Vitalino – o cotidiano de Severino Vitalino", com peças em barro produzidas pela Família Vitalino, que inclui filhos e netos, os quais resolveram fazer a homenagem ao grande artesão que faleceu em janeiro deste ano. A atração fez parte do projeto "Viva Vitalino", realizado entre os dias 26 e 28 de julho, na Associação dos Artesãos em Barro e Moradores do Alto do Moura (Abman). Obras do próprio Severino também compõem a exposição enriquecendo a atração.

Desde então, turistas e moradores locais que visitam o espaço estão tendo a oportunidade de se aprofundar na vida do maior representante da arte figurativa deixada pelo pai, o Mestre Vitalino. São 36 peças produzidas por quem conviveu com Severino Vitalino e cada uma retrata o dia a dia do artista. Participam todos os filhos, Socorro, Emanuel, Emanuela, Edineide, Elizabete e Elias, além de todos os netos, a partir dos 5 anos de idade. "A gente está dando continuidade a arte que meu avô passou para meu pai, e que meu pai deixou como herança para toda a família. Estamos unidos nesse mesmo propósito", assegurou Socorro, a filha mais velha.

Entre a criançada, os depoimentos são de emocionar. A exemplo de Daniel, de 10 anos, o neto que morava com Severino Vitalino. Ele disse que caprichou na peça e conseguiu retratar momentos de alegria que viveu com o avô. "Fiz uma peça em que estou ajudando o meu avô a ralar o milho para a pamonha e a canjica, pois, desde muito pequeno, vivenciei essa cena durante o São João", comentou, emocionado. Já Sthefany, de 8 anos, fez a homenagem relembrando quando o avô dava banho nela. "Ainda não consegui esquecer como era o convívio com o meu avô", disse a menina.

O acesso para conhecer a expô é gratuita e quem ainda não foi, ainda dá tempo, neste fim de semana, das 8h às 12h. As peças em barro relembram os momentos vivenciados pelos familiares com o próprio Severino Vitalino, representando o cotidiano do artesão.

O artesão – Severino Pereira dos Santos nasceu em 1940 e, ainda criança, mudou-se com a família para o Alto do Moura, onde morou até falecer, aos 78 anos, no dia 7 de janeiro deste ano, depois de passar vários dias internado no hospital que leva o nome do pai, por causa de um infarto agudo no miocárdio.