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Saúde
 
24/08/2019
Anticoncepcional: como se prevenir sem colocar a saúde em risco?
 

Especialista no assunto alerta sobre riscos à saúde e, com o uso indiscriminado, a probabilidade de uma trombose é bastante real

Os anticoncepcionais orais permitiram às mulheres fazerem um planejamento familiar melhor elaborado, escolhendo o momento certo para gestar. As famosas "pílulas contraceptivas" foram um verdadeiro sucesso e ainda estão presentes nas bolsas e no organismo de muitas mulheres. Mas elas podem representar um risco.

Isso porque mulheres com histórico familiar de trombose venosa, embolia pulmonar, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, obesidade, distúrbios alimentares e tabagistas devem buscar outro método anticoncepcional, pois essas condições, somadas ao uso da pílula, aumentam o risco de desenvolver trombose venosa, doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas.

De acordo com o especialista em Longevidade, dr. Victor Hugo Costa, que atende em Caruaru, o uso indiscriminado é um risco e a probabilidade de uma trombose é real. "O risco de trombose existe e é relatado na própria bula do medicamento. No entanto, as chances de uma trombose podem ser maiores ou menores dependendo do histórico de saúde da paciente, e é por isso que é absolutamente essencial procurar um médico antes de iniciar a medicação", alertou.

Ele ainda acrescentou que "os riscos podem ser aumentados em mulheres com sobrepeso e obesidade ou até mesmo mulheres que realizam viagens constantes de avião. Nesses casos, elas possuem quatro vezes mais chances de serem diagnosticadas com trombose nas pernas, embolia pulmonar, infarto ou AVC", disse.

A jornalista Luciana Bezerra fez uso de anteconcepcional para tratamento de hiperplasia do endométrio, por indicação médica. "Tomei por cerca de seis meses, sem parar, e, apesar do uso, tinha constantes hemorragias. Como nunca fui de acordo com o uso desse método contraceptivo, resolvi procurar uma segunda opinião. Com uma semana que tinha parado o bendito, tive a trombose", contou Luciana. Ainda segundo ela, correu o risco de ter uma embolia pulmonar. "O trombo já estava na altura da virilha. A segunda médica me indicou tratamento com diu de hormônio. Método que quase não apresentei sintomatologia, além de ser seguro e apresentar poucos riscos" completou a jornalista.

O dispositivo intrauterino (Diu) é um pequeno objeto de plástico, em formato de ‘T', inserido no útero para atuar como contraceptivo. Depois de cinco décadas de desenvolvimento, o Diu de Cobre se sobressai hoje como o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo: cerca de 170 milhões de usuárias, ultrapassando, de longe, a pílula anticoncepcional, que tem cerca de 110 milhões de usuárias, de acordo com dados da OMS.

"O diu libera íons de cobre que imobilizam o esperma e dificultam bastante a sua motilidade em torno do útero, mas não impedem os ovários de liberarem o óvulo. Na rara ocasião em que um espermatozoide consegue ultrapassar essa barreira, o cobre também impede a implantação do ovo fecundado na parede do útero", disse dr. Victor Hugo.

Entre os benefícios do uso do diu estão poder permanecer no lugar por até cinco ou dez anos (de acordo com o tipo), mas pode ser retirado a qualquer momento; tem taxa de 99%, é um dos métodos contraceptivos mais eficazes; adequado para mulheres que desejam um meio contraceptivo reversível de longa duração; não interrompe o sexo; não é afetado por outras medicações; alternativa às mulheres para as quais o uso do hormônio estrógeno é contraindicado; pode ser usado durante a amamentação; a fertilidade retorna aos níveis anteriores depois da retirada do Diu de Cobre, entre outros", finalizou.

 
 
 
 
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