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Saúde
 
20/07/2019
Campanha contra hanseníase é realizada
 

Ela é uma doença secular, mas ainda endêmica em vários paísesem desenvolvimento como o Brasil, que ocupa a 2ª posição no mundo

O combate à hanseníase é tema de campanha, que está sendo realizada durante todo este mês de julho, nas Unidades Básicas de Saúde de Caruaru. As ações são gratuitas e contemplam a população coberta pelas 73 equipes de Saúde da Família do município. Estão sendo oferecidas palestras, atividades educativas, buscas ativas de pacientes e orientações sobre a doença, que é reconhecida por manchas na pele com alterações na sensibilidade.

A hanseníase é uma doença secular, mas ainda endêmica em vários países em desenvolvimento, como o Brasil, que ocupa a 2ª posição do mundo. Em razão da elevada incidência, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país. Popularmente conhecida como lepra, é provocada pelo bacilo Mycobacterium Leprae, tem em média dois mil novos casos ao ano em Pernambuco. Além de pacientes adultos, ainda existem muitas crianças contaminadas, o que escancara que a hanseníase permanece em atividade alta. Em Caruaru, de acordo com os números divulgados pela Secretaria de Saúde local, foram registrados 36 casos, em 2018, e, neste primeiro semestre de 2019, já são 14 casos.


TRANSMISSÃO

Acontece pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de dois a sete anos. Há referências com períodos mais curtos, de sete meses, como também mais longos, de 10 anos.


TRATAMENTO

A informação sobre a manifestação clínica da hanseníase em cada pessoa é fundamental para determinar a classificação operacional da doença como Paucibacilar (poucos bacilos) ou Multibacilar (muitos bacilos) e para selecionar o esquema de tratamento adequado para cada caso. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e acompanhamento da doença em unidades básicas de saúde e em referências. O tratamento da doença é realizado com a Poliquimioterapia (PQT), uma associação de antibimicrobianos, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequência quando se utiliza apenas um medicamento, o que acaba impossibilitando a cura da doença.


Os sinais e sintomas:

Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas

Áreas com diminuição dos pêlos e do suor

Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas

Inchaço de mãos e pés

Diminuição da sensibilidade ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos

Úlceras de pernas e pés

Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos

Febre, edemas e dor nas juntas

Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz

Ressecamento nos olhos

Fontes: Secretaria de Saúde de Caruaru / http://www.saude.gov.br/

 
 
 
 
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