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Saúde
 
22/06/2019
Doença de Chagas é uma preocupação em Pernambuco
 

Atualmente, 22 municípios são considerados prioritários para Chagas no Plano de Enfrentamento 2019-2022 às doenças negligenciadas

Atenta ao surto de doença de Chagas aguda no município de Ibimirim, no Sertão pernambucano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reuniu profissionais de vigilância em saúde de várias regiões de Pernambuco, além da área técnica do nível central do órgão, para discutir os principais aspectos epidemiológicos da enfermidade, causada pelo protozoário Tripanossoma cruzi, cujo vetor é o triatomíneo (barbeiro). O debate integrou a segunda parte do 1º Curso Básico de Vigilância de Doenças Relacionadas à Pobreza, foi ministrado em parceria com técnicos convidados do Ministério da Saúde, no Recife, concluído na última sexta-feira (21).

O grupo discutiu pontos importantes relacionados à situação epidemiológica da doença de Chagas, uma das oito enfermidades monitoradas pelo Programa Sanar, desenvolvido pela SES com o objetivo de reduzir ou eliminar, enquanto problema de saúde pública, doenças negligenciadas no Estado. "O curso busca orientar os profissionais saúde, principalmente aqueles diretamente envolvidos com as ações de vigilância dos municípios, sobre as estratégias prioritárias no Sanar em relação ao combate da doença de Chagas. Também devemos instruir as gestões municipais sobre os indicadores de acompanhamento da enfermidade para que, dessa forma, os municípios possam desenvolver as ações certas em tempo oportuno", pontua a secretária executiva de Vigilância em Saúde da SES, Luciana Albuquerque.

Os profissionais ficaram imersos em atividades práticas voltadas à vigilância entomológica, ou seja, a vigilância do vetor da doença, o conhecido barbeiro. "O intuito do curso é qualificar os técnicos do nível central e regional da SES que atuam no Programa Sanar, para que as ações realizadas junto aos municípios sejam ainda mais efetivas, em especial o assessoramento técnico e as atividades de campo, incluindo as de controle vetorial", ressaltou a superintendente do Programa Sanar, Marcella Abath.

Atualmente, 22 municípios pernambucanos são considerados prioritários para Chagas no Plano de Enfrentamento (2019-2022) às Doenças Negligenciadas e Relacionadas à Pobreza da Secretaria Estadual de Saúde. A Vigilância em Saúde da SES coordena, entre várias ações, o acompanhamento dos casos crônicos atendidos nos serviços de referência, o monitoramento das localidades de risco e a qualificação do diagnóstico.

"Para este quadriênio, a inovação será na implantação do assessoramento técnico pela SES às gestões municipais e aos profissionais de saúde da atenção básica dos municípios prioritários. Também continuaremos a intensificar, nestas localidades, o controle vetorial, garantindo que o município esteja vigilante ao vetor e, quando necessário, montando uma força-tarefa na região. A SES também investe na educação em saúde sobre a enfermidade, principalmente nas escolas, além de apoiar os municípios na aquisição de insumos estratégicos", reforçou a Superintendente do Sanar.


Sintomas
Febre contínua, intermitente e prolongada por cerca de sete dias
Edema de face ou de membros
Exantema (manchas vermelhas na pele)
Adenomegalia ( inchaço de gânglios)
Hepatomegalia (inflamação do fígado)
Esplenomegalia (inflamação no baço)
cardiopatia aguda
Manifestações hemorrágicas
Icterícia
Náusea
Astenia (perda ou diminuição de força física)
Mialgia (dor nas articulações)
Sinal de Romanã (edema inflamatório nas pálpebras)
Chagoma de inoculação (edema inflamatório na pele)
Dor epigástrica (abdominal).

*O tratamento para a doença de Chagas é feito com o medicamento Benzonidazol, produzido exclusivamente no mundo pelo Lafepe.

Fonte: Secretaria de Saúde de Pernambuco

 
 
 
 
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