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Saúde
 
01/06/2019
Esclerose múltipla: sintomas, tratamentos e causas
 

A doença afeta cerca de 40 mil brasileiros na faixa etária mais ativa da vida, que é de 20 a 40 anos. No mundo, são 2,5 milhões

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM) foi vivenciado em toda parte do Brasil, na última quarta-feira (29). A doença afeta cerca de 40 mil brasileiros na faixa etária mais ativa da vida – de 20 a 40 anos. No mundo, cerca de 2,5 milhões são vítimas da doença. Ainda assim é pouco conhecida entre a população. Justamente por isso, um amplo processo de conscientização vem sendo promovido por entidades médicas como a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), que destaca a relevância de criar laços entre as pessoas afetadas pela esclerose múltipla e as pessoas envolvidas na investigação científica e social sobre a doença.

A esclerose múltipla é uma enfermidade neurológica autoimune e pode afetar parte do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula). É a doença neurológica crônica mais comum em adultos jovens e acomete mais mulheres do que homens, entre 20 e 40 anos. "Dependendo da área afetada, o paciente pode ter alteração da visão, amortecimento ou perda de força em uma parte do corpo, entre outros sintomas. Estes sinais duram mais de 24 horas e nós os denominamos como surto, que são a característica da doença", destacou a neurologista Mônica Parolin, membro da ABN.

A médica pontua que o diagnóstico é de extrema relevância para dar início ao tratamento o mais rápido possível. Atualmente existem vários tipos de tratamento, no entanto, a indicação de qual deles melhor se adequa a determinado paciente depende das especificidades de cada paciente, pois são muitas variáveis e a decisão deve ser tomada entre o neurologista e o enfermo.

"É preciso lembrar que a maioria dos pacientes possui uma vida normal ou bem próxima disso. É imprescindível a conscientização da população e da classe médica para a doença que ainda não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, principalmente, no início", ressaltou a neurologista.

Os sintomas variam amplamente, dependendo da quantidade de danos e os nervos que são afetados. A esclerose múltipla se caracteriza por ser uma doença potencialmente debilitante. Pessoas em casos graves podem perder a capacidade de andar ou falar claramente.

Nos estágios iniciais da doença, ela pode ser de difícil diagnóstico, uma vez que os sintomas aparecem com intervalos e o paciente pode ficar meses ou anos sem qualquer sinal.

A esclerose múltipla não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. "Hoje as pesquisas são inúmeras e eu falo sempre aos meus pacientes que é expressamente proibido não ter esperança", concluiu Mônica Parolin.

As causas exatas da esclerose múltipla não são conhecidas, mas há dados interessantes que sugerem que a genética, o ambiente em que a pessoa vive e até mesmo um vírus podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença. Embora a causa ainda seja desconhecida, ela tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.

Fonte: www.minhavida.com.br

 
 
 
 
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