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26/01/2019
Bolsonaro defende preservação ambiental e desenvolvimento econômico
 

No discurso de menos de sete minutos, presidente destacou importância de se acreditar no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro fez, na última terça-feira (22), sua estreia internacional, ao discursar por 6 minutos e 36 segundos na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Ele reiterou que o Brasil vive um novo momento sem nortear suas escolhas em viés ideológico, com respeito a valores e em defesa da abertura do mercado econômico. "Temos o compromisso de mudar a nossa história."

Confira no final desta matéria o discurso, na íntegra, de Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos. No discurso, o presidente destacou a importância de o mundo acreditar no Brasil. Ele não mencionou reformas, mas afirmou que vai reduzir tributos no país. Bolsonaro reiterou a determinação de avançar economicamente.

Ele defendeu a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), sem entrar em detalhes, mas destacando a necessidade de aumentar as trocas internacionais. Acrescentou que o esforço do governo federal será para colocar o Brasil entre os 50 melhores países para fazer negócios.

O presidente reiterou que vai se empenhar para reduzir a pobreza e a miséria no Brasil por meio da educação. Segundo ele, outro esforço é para combater a corrupção e aumentar a segurança pública. Bolsonaro convidou os presentes para que visitem o Brasil. "Estamos de braços abertos", disse. "Quero um mundo de paz, democracia e liberdade."

Ele reafirmou sua determinação de manter a harmonia entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente e a biodiversidade. "Nossa missão é avançar na compatibilização da preservação" e do "desenvolvimento". "Queremos que o mundo restabeleça a confiança em nós."

O presidente lembrou como foi sua campanha eleitoral, gastando pouco, com tempo reduzido de televisão e "sendo atacado". Destacou que "montou uma equipe" sem ingerências político-partidárias. No discurso, citou os nomes dos ministros Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).


CANCELAMENTO

Ainda em Davos, Jair Bolsonaro decidiu cancelar uma entrevista coletiva que concederia a jornalistas, 40 minutos antes de ela acontecer na última quarta-feira (23). A equipe do Fórum foi pega de surpresa. Bolsonaro se reuniu com o presidente da Suíça, Ueli Mauer, e com o ex-premiê britânico Tony Blair após almoçar com investidores e apresentar os prospectos para o Brasil.

Em seguida, porém, ele tomou o caminho de volta a seu hotel em vez de se dirigir ao centro de imprensa, onde faria um pronunciamento seguido de entrevista coletiva com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça). O assessor da Presidência Tiago Pereira Gonçalves disse a repórteres que aguardavam o presidente no hotel que o cancelamento da entrevista coletiva se deu devido à "abordagem antiprofissional da imprensa".

Na manhã da quarta, Bolsonaro declarou em entrevista à agência Bloomberg que, se seu filho Flávio Bolsonaro for culpado no caso envolvendo movimentações atípicas em sua conta, ele pagaria por isso. Desde então, os jornalistas brasileiros têm insistido em perguntas sobre o caso ao presidente, que responde apenas com silêncio.

O Fórum ainda tentava entender o ocorrido. O local para a primeira conversa do presidente com a imprensa brasileira já estava preparado. A assessoria de comunicação do presidente tentou organizar uma declaração antes do encontro bilateral com o premiê italiano, Giuseppe Conte, mas o brasileiro se recusou, alegando falta de tempo. É incomum que um chefe de Estado ou governo não dê nenhuma entrevista coletiva em Davos, evento visto como uma vitrine mundial para investidores.


FILHO

Na sequência, o presidente disse, em entrevista já à RecordTV, que a pressão que seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro , está sofrendo em função de movimentações suspeitas em sua conta tem o objetivo de atingir seu governo. "Eu acredito nele, a pressão enorme em cima dele é para tentar me atingir", disse em entrevista concedida em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

À RecordTV, o presidente também afirmou que as acusações contra Flávio são "infundadas" e que houve quebra do sigilo bancário do senador eleito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), o que Bolsonaro classificou como "arbitrariedade".

"Não é justo atingir o garoto para tentar me atingir", acrescentou o presidente brasileiro.

Da Folhapress

 
 
 
 
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