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26/01/2019
Motorista suspeito dematar casal é preso
 

José Aurélio teria atingido em cheio com o seu Golf de cor branca a Biz de cor preta que estava sendo conduzida por Rogério José e tendo como garupa Adelma Alaíde

Pedro Augusto

O suspeito José Aurélio Santos de Meira, de 37 anos, foi preso na manhã da última quarta-feira (23), no Bairro do Jordão, no Recife. Para quem não recorda mais deste nome, trata-se do motorista que, segundo as investigações da Polícia Civil, teria matado por atropelamento, o casal Rogério José Santos da Silva, de 31 anos, e Adelma Alaíde da Silva, de 29 anos, no ano passado, em Caruaru. Após ser submetido a exame traumatológico no IML de Caruaru, ele foi recolhido à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, no Bairro do Vassoural.

Uma coletiva de imprensa realizada no mesmo dia, na cidade, foi realizada para detalhar o recolhimento de José Aurélio. "Ele foi abordado numa praça do Recife e não esboçou reação. Foi encaminhado para PJPS, onde já se encontra à disposição da Justiça, e a nossa expectativa é de que ele vá a julgamento no Tribunal do Júri e seja apenado de forma adequada", destacou o delegado responsável pelo caso, Márcio George.


RELEMBRE O CASO

Na época, a morte do casal acabou deixando a população estarrecida. De acordo com as investigações da Polícia Civil, as vítimas teriam perdido a vida devido à irresponsabilidade e negligência de José Aurélio. Este último, segundo as investigações da polícia, teria atingido em cheio com o seu Golf de cor branca e de placas JPS-2297 a Biz de cor preta e de placa não informada, que estava sendo conduzida por Rogério e tendo como garupa Adelma.

O detalhe é que as vítimas estariam trafegando na moto no sentido correto da via, enquanto que o carro de Aurélio em plena contramão. A colisão aconteceu na noite do dia 19 de março do ano passado, na alça que liga a Avenida Jaboatão com a BR-232, mais precisamente ao lado da UPA Estadual. Se não bastasse o forte impacto causado no veículo do casal, José Aurélio ainda teria arrastado com o seu Golf o corpo de Rogério por mais de 500 metros, tendo só parado com o automóvel já na Rua do Vassoural, no bairro de mesmo nome.

Na ocasião, câmeras de videomonitoramento conseguiram captar quando o suspeito deu ré no carro ao perceber ainda a presença do corpo de uma das vítimas. Rogério e Adelma chegaram a ser socorridos para o Hospital Regional do Agreste, porém não resistiram aos ferimentos. Já o automóvel utilizado pelo suspeito foi encontrado abandonado na manhã do dia 20 de março, no Bairro Indianópolis. Nele, a Polícia Científica encontrou manchas de sangue, além de pedaços de carne humana.

A morte do casal, que estava prestes a subir ao altar, causou, na época, bastante indignação. "Isso não se faz nem com um animal, quanto mais com seres humanos'', disse um irmão de uma das vítimas. "Tanto o Rogério como a Adelma eram pessoas pacatas que viviam de casa para o trabalho. Estavam se preparando para casar, mas não tiveram tempo", emendou outro parente. Os corpos das vítimas foram sepultados no decorrer daquela semana em cemitérios de Caruaru.

Também na oportunidade, supostamente no intuito de escapar dos crimes em flagrante, Aurélio só se apresentou à polícia três dias depois, na 20ª Delegacia de Homicídios de Caruaru. Lá e com a presença de seu advogado, ele decidiu se reservar ao direito de ficar calado, limitando-se apenas a dizer que estava na companhia de outra pessoa no momento da colisão.


MANDADO DE PRISÃO

A Polícia Civil solicitou à Justiça, na tarde do dia 20 de abril do ano passado, mandado de prisão preventiva contra o suspeito. Na oportunidade, a 20ª Delegacia de Homicídios, através de investigação realizada pelo delegado Márcio George, concluiu que José Aurélio teria praticado duplo assassinato ao atropelar e não prestar socorro ao casal. Ele estava foragido desde então. Caso seja condenado pelo duplo homicídio, o motorista poderá pegar de 6 a 30 anos de reclusão.

 

 

 
 
 
 
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