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Política
 
11/10/2018
Paulo Câmara assume PE por mais quatro anos
 

O segundo colocado, senador Armando Monteiro (PTB), obteve 35,99%. Em terceiro ficou Dani Portela, do Psol

O candidato do PSB, Paulo Câmara, foi reeleito, no último domingo (7), governador de Pernambuco. Com 100% das urnas apuradas, ele teve 50,70% dos votos. O segundo colocado, senador Armando Monteiro (PTB), obteve 35,99%. Os postulantes reeditaram a disputa de 2014, quando o pessebista também venceu no primeiro turno.

Em terceiro lugar, com 4,97%, ficou Dani Portela (Psol). Julio Lossio (Rede) pontuou 4,67%; o ex-deputado Maurício Rands (Pros), 3,43%, e Simone Fontana (PSTU), 0,24%. Os votos brancos somaram 6,84% e os nulos 22,99%. Abstenções, 17,90%.

Antes de ser governador, Câmara, que é formado em Ciências Econômicas, foi secretário de Administração do governo de Eduardo Campos, entre 2007 e 2010. No mesmo ano, passou a responder pela Secretaria de Turismo e, em janeiro de 2011, assumiu o cargo de secretário da Fazenda até 2014.

Em seu primeiro discurso como governador reeleito de Pernambuco, Paulo Câmara resumiu o resultado da eleição local a agradecimentos e promessas de retomar o crescimento do emprego no Estado, e conclamou a militância e os eleitores a trabalharem em prol do segundo turno presidencial. Câmara disse que "estava à disposição para a construção do Brasil". "O país precisa ser discutido porque tem muita coisa para consertar. Vamos ajudar (Fernando) Haddad a fazer o Brasil ser feliz de novo. A resistência começa em Pernambuco", declarou.

Eleita vice-governadora, a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, disse que "é preciso construir uma frente antifascista" em torno de Haddad. A estratégia, segundo ela, para reverter o placar de 46,09% de Jair Bolsonaro (PSL) contra 29,19% do petista será vincular o deputado à imagem do presidente Michel Temer (MDB).

"Ele se apresenta como um candidato da antipolítica, mas viveu a vida toda como deputado, e um deputado oportunista. Bolsonaro votou a favor de todas as medidas de Temer", disse o governador eleito. Com a vitória, o PSB deve completar 16 anos de governo ininterruptos. "Temos a honra de continuar o legado de Eduardo Campos e é o que vamos continuar fazendo nos próximos quatro anos", afirmou.

O governador acompanhou a apuração dos votos em um hotel na zona sul do Recife junto aos senadores eleitos Jarbas Vasconcelos (MDB) e Humberto Costa (PT), do filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, que foi eleito o deputado federal mais votado do Estado, e sua mãe Renata. Logo após, seguiu com sua militância para o comitê do partido.


"Nós cumprimos o nosso papel", diz Armando Monteiro após resultado

Após o resultado das urnas, na noite do domingo (7), o senador Armando Monteiro (PTB) falou que cumpriu o seu papel. "Eu me sinto bem porque lutei, fiz o combate, o bom combate. Nós cumprimos o nosso papel. E vejam que, ao final desse processo, a diferença que terminou por favorecer o atual governador é de pouco mais de 40 mil votos em relação a todo o universo da votação dos candidatos de oposição", lembrou o petebista, que, na ocasião, estava ao lado da sua militância no comitê da Coligação "Pernambuco Vai Mudar", em Boa Viagem.

Segundo Armando, mesmo com a derrota nas urnas, o campo das oposições saiu fortalecido. "O campo das oposições de Pernambuco expressou verdadeiramente um sentimento da população. Nós representamos a opinião de uma expressiva corrente de oposição", disse.

Armando lembrou da boa relação que construiu com seus companheiros de chapa. "Quero dizer que as vitórias ou as derrotas episodicamente não devem nos abater. Me sinto muito honrado de ter caminhado ao lado de Mendonça, de Bruno e de Fred. Nunca tivemos ao longo dessa caminhada uma rusga, um problema, uma dificuldade, sequer, no nosso relacionamento. Sempre buscamos fazer uma convergência em torno dos objetivos superiores dessa causa que nós abraçamos em conjunto", lembrou.

Ele minimizou o impacto do resultado entre seus correligionários, garantindo que vai continuar sua trajetória na política, com oposição combativa. "Não vou deixar de fazer política e não vou deixar de fazer oposição em Pernambuco. Saio dessa luta com uma convicção maior ainda que esse grupo que está aí no poder precisa ser fiscalizado por uma oposição altiva e independente", finalizou.

 

 
 
 
 
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