Este ano, a grande novidade para os caruaruenses é a mudança na 41ª Zona Eleitoral, que vai receber também votos da cidade vizinha, Riacho das Almas
Wagner Gil
Neste domingo, 7 de outubro, exatamente 216.900 mil eleitores caruaruenses estarão aptos a votar e escolher seus candidatos aos cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual, seis no total.
Serão escolhidos 49 deputados estaduais e 25 federais, além de dois senadores que irão representar o Estado no Congresso. Nas últimas eleições municipais, a cidade havia ultrapassado a marca de 200 mil eleitores e teve pleito para prefeito decidido pela primeira vez em dois turnos, tendo como vencedora a então deputada Raquel Lyra (PSDB), primeira mulher a ser eleita para comandar a Capital do Agreste.
Uma das principais mudanças na eleição deste ano está nas zonas de votação. Alegando economia de despesas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez um rezoneamento e a 41ª Zona Eleitoral, que antes era apenas para a área rural de Caruaru, agora também atende Riacho das Almas. Essa seção tem no total 38.478 eleitores, sendo que 21.207 são caruaruenses. O restante, 17.271 inscritos, são do município vizinho.
Nestas eleições, o eleitor terá que votar seis vezes, na seguinte ordem: deputado federal, deputado estadual ou distrital, os dois senadores, governador e, por último, para presidente da República. Para não esquecer os números dos seus candidatos no momento do sufrágio, a Justiça Eleitoral disponibiliza a chamada "cola eleitoral", que pode ser levada à cabina de votação.
Para votar no deputado federal, o eleitor terá que digitar quatro números na urna eletrônica e, em seguida, apertar a tecla "Confirma". Para o cargo de deputado estadual ou distrital será necessário cinco dígitos e, novamente, apertar "Confirma".
Como o Senado terá uma renovação de 2/3 de seus integrantes, neste ano o eleitor deve escolher dois candidatos. No caso, será necessário digitar três números na urna e apertar a tecla "Confirma" para votar na primeira vaga. O mesmo processo deve ser repetido para a escolha do segundo postulante. O eleitor deve estar atento: se o mesmo número for digitado para os dois cargos de senador, o segundo voto será anulado.
Já se encaminhando para o fim, o eleitor deverá registrar o voto para governador e, por último, presidente da República, ambos com dois dígitos. Depois de concluída a etapa de votação, a urna fará a gravação, criptografia e assinatura digital do voto. Feito isso, a palavra "FIM" aparecerá na tela, e a urna emitirá um sinal sonoro. A votação, portanto, estará concluída com sucesso.
"É importante digitar o número de cada candidato com atenção e conferir a foto do político escolhido antes de apertar a tecla "Confirma". Caso ocorra algum erro, o eleitor pode apertar a tecla "Corrige" antes de finalizar o processo e digitar o número novamente", explica o site do TSE.
O voto em legenda pode ser dado ao partido somente no sistema proporcional, ou seja, para os cargos de deputado federal e deputado estadual/distrital. Se o eleitor desejar votar apenas no partido, sem especificar qual dos candidatos ele busca eleger, basta digitar os dois algarismos que identificam a agremiação política e apertar "Confirma". Dessa forma, o eleitor ajudará a legenda de sua preferência a conquistar mais vagas no Legislativo.
BOCA DE URNA E REGISTRO DE PESQUISAS
Mais uma vez a boca de urna será proibida nas eleições, bem como o oferecimento de vantagens ou pagamento pelo voto, o que caracteriza crime eleitoral. Essa regra, prevista no parágrafo 5º do artigo 39 da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), estabelece como punição detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 5 mil a 15 mil Ufir.
Também constituem crimes, no dia da eleição, o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata, bem como a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. O eleitor que for flagrado praticando tais crimes receberá as mesmas punições.
Por outro lado, a legislação permite, no dia do pleito, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos. No entanto, é vedado, até o término do horário de votação, qualquer ato que caracterize manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos, tal como a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado.
As pesquisas realizadas em data anterior ao dia das eleições poderão ser divulgadas a qualquer momento, inclusive no dia das eleições. Já a divulgação de levantamento de intenção de voto efetivado no dia das eleições somente poderá ocorrer a partir das 17h do horário local para os cargos de governador, senador e deputados federal, estadual e distrital. Na eleição para presidente da República, esse tipo de levantamento pode ser divulgado após o horário previsto para o encerramento da votação em todo o território nacional.
QUEM DISPUTA EM CARUARU
Em Caruaru a disputa proporcional está bastante acirrada, já que a quantidade de candidatos é relevante. Para o cargo de deputado estadual concorrem à reeleição Tony Gel (MDB) e Laura Gomes (PSB). Já Wolney Queiroz (PDT) tenta voltar ao Câmara dos Deputados.
Além deles, outros nomes estão sendo trabalhados em Caruaru, entre eles Priscila Krause (DEM), candidata à reeleição para a Assembleia Legislativa, e Daniel Coelho (PPS), para federal. Eles são apoiados pela prefeita Raquel Lyra (PSDB). "Voto neles porque é o melhor para Caruaru. Daniel se comprometeu em trazer metade de suas emendas para a cidade. Já Priscila, quando deixei a Assembleia para assumir a Prefeitura, ela foi a voz de nosso município", disse.
Também estão na briga por uma vaga estadual o ex-prefeito José Queiroz (PDT), Eduardo Bacana (PP), o vereador Edjaílson da CaruForró (PRTB), Isaac Albuquerque (PMN), Erick Lessa (Progressistas) e Sílvio Nascimento (PSL).