Começou, na última sexta-feira (7), mais uma edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, evento que está sendo realizado na França. A abertura foi entre os anfitriões e a Coreia do Sul, além de mais 22 seleções, entre elas, a brasileira. A expectativa é que, após o Mundial, o futebol feminino ganhe um novo patamar em todo planeta.
A competição foi iniciada em 1991, sendo realizada a cada quatro anos – como no caso dos homens. Essa edição vai ter 30 dias de duração (7 de junho até 7 de julho), reunindo 552 jogadoras de 24 seleções. Essa é a oitava Copa do Mundo e a que mais vai ganhar visibilidade.
Para se ter uma ideia, pela primeira vez a Rede Globo vai transmitir todos os jogos do Mundial feminino. A realização da Copa na França representa um reforço no grito de liberdade das mulheres que sempre reclamam de mais espaço e igualdade de salários quando fazem a mesma função do homem.
Se na vida normal os homens são mais bem remunerados do que as mulheres, no futebol essa distância é ainda maior, é ‘oceânica'. Para tentar igualar ou diminuir essa diferença, a Federação da Austrália anunciou que iria pagar ambos os sexos com o mesmo valor, já a partir deste campeonato. Embora não seja um país de tanta tradição no esporte, a atitude pode sensibilizar outras federações.
Outra novidade é o valor do prêmio em dinheiro que a Fifa dobrou para cerca de 27 milhões de euros. As campeãs mundiais ganham 3,6 milhões de euros. Mas isso ainda é apenas uma fração do prêmio na competição masculina: na Rússia, a Fifa deu 32,3 milhões de euros à campeã mundial França.
Um detalhe importante é que empresas multinacionais que atuam como patrocinadores estão a cada ano investindo mais no futebol feminino. Para essa Copa do Mundo foram arrecadados alguns milhões de dólares, quantia que superou em pelo menos 60% a última edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino.
Fator importante também é o interesse do público que vem crescendo em quase todos os países onde o esporte é praticado pelas mulheres. Nessa Copa do Mundo, apesar das equipes das semifinais e finais ainda não definidas, todos os ingressos já estão vendidos. A média de valor da entrada nessa competição é de 40 euros e, mesmo com algumas equipes sem tradição, a maioria dos jogos será com os estádios lotados.
Nesse Mundial, as equipes favoritas são os Estados Unidos, Alemanha e a França. O Brasil, apesar de ter Marta eleita seis vezes a melhor do mundo, corre por fora. Especialistas acreditam que a nossa seleção tem poucas chances de ser campeã. No entanto, é esperada uma boa campanha da canarinha, dessa que pode ser a última copa da alagoana Marta.