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Dom Bernardino Marchió é o atual Bispo Diocesano de Caruaru.
Dom Bernardino Marchió
 
31.08
Mãe Das Dores, Mãe Da Santa Esperança

Encerrando o mês de agosto, mês das vocações, o nosso olhar já se volta para eventos importantes do mês de setembro: o mês da Bíblia, o mês da festa da nossa Padroeira no dia 15, e a chegada do novo Bispo de Caruaru, no dia 21 de setembro. Hoje vamos voltar as nossas atenções para Maria, a Mãe de Jesus, cuja novena já está começando nesta semana.

Em Maria, a jovem, encontra-se a realização da fé, da esperança e da caridade! A ela se aplica a palavra da Bíblia: "Sou a mãe do belo Amor e do Temor, do Conhecimento e da Santa Esperança! Aquele que "acreditou", comprometendo toda a sua vida com o plano de Deus, contribuiu pessoalmente para a grande virada da história da humanidade. Olhar para a Virgem Maria significa contemplar o que ocorreu em sua vida, tomar pé do momento presente em que vivemos e descortinar, na esperança, o nosso futuro. Na graça do Batismo recebemos como presente de Deus a fé, a esperança e a caridade. Tendo olhado para Maria como modelo de fé, nós a contemplamos como Mãe e Senhora da Esperança.

A esperança é uma virtude teologal pela qual desejamos o Reino dos Céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos no socorro da graça do Espírito Santo. Ela corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todos; assume as esperanças que inspiram as atividades humanas, purifica-as e ordena-as para o Reino dos Céus; protege contra o desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. Ela é "a âncora da alma, inabalável e segura" que penetra "onde entrou Jesus como nosso precursor". É uma arma que nos protege no combate da salvação; "Revistamo-nos com a couraça da fé e da caridade, com o capacete da esperança da salvação", escreve São Paulo.

Proporciona-nos alegria, no meio da provação: "alegres na esperança, pacientes na tribulação" (Rm 12,12). Exprime-se e nutre-se na oração, particularmente na oração do Pai-Nosso, resumo de tudo o que a esperança nos faz desejar.

A jovem Virgem Maria é chamada na Igreja a Mãe da Santa Esperança. Do solo fecundo de sua fé, brotou a esperança como planta viçosa. O Cântico do Magnificat (Lc 1,46-55), proclamado por Maria, é límpida expressão de sua capacidade de olhar para a realidade, vendo as sementes do plano de Deus a se realizar. Para Maria, Ele olhou para a humildade de sua serva, fez para mim coisas grandiosas, sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem.

Caminhar na esperança, olhando para o exemplo da Virgem Maria! Na Mãe das Dores a vida é cheia de sentido, pois tudo o que faz corresponde ao plano de Deus, do qual não se desvia, e que é fonte de sua realização e felicidade. As provações que aparecem, como a perda do Menino no Templo, ela as enfrenta como quem aprende a confiar abundantemente em Deus. Viver na esperança é ainda guardar todas as coisas. Meditando no coração! Em Caná, aquela que esperava tudo de Deus, soube fazer com que o futuro se fizesse presente, quando suas palavras fizeram acontecer a hora de Jesus, oferendo à Igreja e à humanidade o caminho para que o hoje seja sempre melhor do que o ontem e o amanhã supere as lutas de hoje.

Que a nossa Padroeira nos fortaleça nas provações e sofrimentos da nossa vida sabendo sempre que a Mãe da Santa Esperança nos dará a vitória!

 
 
 
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